terça-feira, 26 de novembro de 2013

Este dia: sem nome

E se eu achar que é repetitivo? Vai mudar alguma coisa? Imagino que esta já foi uma ideia que eu tive, e que provocou uma certa parada, mas aparentemente os conteúdos realmente se repetem “infinitamente” (no percurso de uma nada infinita vida), e só cabe a mim (e a outros pobres diabos em situações existenciais mais ou menos similares) encontrar formas novas de expressar os buracos. Todo o buraco. Ha; obrigado, Literatura. O cansaço é, até no nível gramatical, a grande nascente da maioria das coisinhas que fluem nesta vida. Escapar do cansaço é tarefa árdua, requer atitudes e possibilidades ultrajantes, de tão cretinas que são ao flertar com o absurdo, e no “fim” se resume a uma tarefa cansativa. O tópico da última frase (e olha só quanta formalidade por eufemismo!) é problemático até quando se reflete sobre ele, pois chega a umedecer um pouco os olhos já tão secos. Em breve interlúdio (pois eles devem ser assim), sim, eu tenho grande apreço por minhas aspas, parênteses e reticências. Elas me fazem bem, trabalham muito apropriadamente nesses meus processos em que busco alguma catarse. Voltando ao central, se é que é possível: acreditar que é indigno também não parece ser efetivo; mesmo que eu pense que certas coisas deveriam ser bem guardadas, eu me convenço que estou cobrindo essas coisas de maneira adequada, pois simplesmente os temas me fogem, morrem na minha cabeça doente, e o que me resta pra sair dos meus dedos é dor ou no mínimo inquietação. E acaba que tem que ser assim. E a vida passa, e parece que o ditado é correto mesmo: quanto mais as coisas passam, mais permanecem as mesmas. Talvez a única boa mudança sejam as melhorias na minha escrita, este sagrado recipiente da minha perversa voz. Ahh, vida, o que fazer com você? Às vezes, minha querida, você me atormenta tanto que não fico com muitas escolhas! Quero dizer, ou vou no caminho mais lógico e me proponho remotamente a atingir meu nada épico finale, ou, ainda cansado e BEM CANSADO de você, Vida, eu decido tentar viver mais ainda! Se ao menos a soma total dos meus dias fosse bem mais extensa (e eu quero dizer bem MAIS extensa mesmo), imagino que eu seria capaz de lidar melhor com as várias e variáveis setas (aqui no sentido arcaico); sim, minha memória teria muitos outros fatos fatídicos para ter como apoio, minha estimada mente poderia oscilar pacificamente entre tantas e tantas imagens melhores, lembranças que não arrancassem lágrimas da pobre coitada que é a alma... Os temas são os mesmos, o que muda são os dias? Será esta uma das respostas definitivas? É uma boa resposta; inspirada, também admito. Mas eu sempre quero mais, então por que eu me contentaria agora? Nem é uma resolução-solução! Não, quero mais respostas, muito obrigado. Que vontade toda impossível de ter meus sentimentos à minha disposição num estojo para contatos meramente ou inicialmente analíticos. Saindo finalmente das perguntas retóricas, lembra daquela frase e apelido carinhoso, ambos em alemão? Ainda são verdadeiros, como pode? Os poucos temas... Malditos por serem tão poucos! 

/obrigado pela companhia nestes incômodos textuais, “Harmaja”! Que som! E finalmente caem./

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

No fim das contas (ou “Pensando Bem”, se for mais fácil)

It has been inside for an awlful long time! Since always, I think... ! O doce só tem sentido ou utilidade quando para amenizar uma alta dose do amargo. O resultado é sempre a soma de todas as errantes experimentadas. O fluxo é sempre negativo, levando sempre ao aparente “lugar nenhum”. O nada parece acolher, afinal; só nele/só lá é possível encontrar algum real repouso. A paz é apenas no máximo o senso de sobrevivência ainda ativo, quando no fim do dia ou de uma outra etapa o indivíduo reflete que aguentou (firme ou não) mais uma vez, e gera alguma expectativa para linearidade. O fim pode estar em qualquer lugar, mas seu sentido não é único, ele tem seus corretos fins. A expectativa, indo contra as expectativas, não tem por obrigação ser ampla, cheia de “esperanças”; uma expectativa real aponta simplesmente para um interesse a mais por este confuso jogo de desesperos disfarçados que chamam de “vida”. É necessário? É. Não. Tudo tende a ser aleatório. Há uma coisa que por consenso é catalogada como terrível; esta coisa ou é justificável em si mesma, numa problemática mental, ou é realmente irresistivelmente sedutora. Não há medidas nem provas para sofrimento, basta que este seja percebido como elemento intrínseco da alma, um tipo de carbono etéreo. Não há vergonha nem pesar em viver e exprimir dores que não sejam infligidas a outros, quando estes outros consigam sequer basicamente “não merecer” que dor seja lançada em suas vidas por outros pequenos ou confusos seres. Esta relação de distância entre a dor própria e a dor alheia é o mais perto de justiça a que esta espécie chega. Se a violência parece ser a maior solução, é apropriado dirigi-la para dentro, ou para o centro de um ideal maculado: entende? Reflexões não precisam ser um conjunto ordenado de corpus, seus fragmentos são valiosos; analisar os demais detalhes procurando apropriar-se intelectualmente dos muitos significados é uma atitude evolutiva, e a evolução acontece principalmente... nas formas da dor. Choques são bem-vindos. É recomendável acolher o novo se houver segurança, assim seguindo a sequência de ignorar sentenças mal dadas. A coisa mais real ou mais expressiva que o ser humano vai encontrar serão aspas. (from 19.11.2013)

sábado, 9 de novembro de 2013

9.11.2013: uma postagem, uma novidade em si

Tanta amargura. Tanta "palpável" infelicidade. É isto que é a minha vida? É realmente só esse tipo de coisa que eu tenho direito de sentir? É realmente esse tipo de discurso o único que eu faço livremente, sem muito esforço? Será que existe realmente alguma porra de lei existencial que faz com que as pessoas tomem no cu? E merda, se existe algo assim, será mesmo que eu mereço cair nessa série de poços fétidos? Faço esta pergunta mais recente porque fico indignado com tanta injustiça! É sério, eu sei que não sou nenhum sr. perfeito, mas não mereço mesmo que a única semântica do meu dia-a-dia seja esta limitação de gostos ruins na boca. Isso cansa, caralho! Não tô passando por cima de ninguém, não tô pisando na cabeça de nenhum filho da puta na lama! Estou apenas lutando pelo que mereço, e nessa luta isolada só tô me deparando com precipícios quase-não-ilustrativos! Por esse tipo de sequência de palavras que deixei de postar no blog, porque infelizmente o que parece é que só sou tocado por impressões ruins (até mesmo deprimentes) deste maldito mundo. Tá vendo? Até chego a me prontificar a cometer redundâncias muito sutis nesta minha sede de esvaziar um pouco do veneno que tá na língua. E aqui estou eu, fazendo mais um incômodo inevitável que segue, de longe, os enredos problemáticos das ficções que tanto admiro. Quanto mais fudido melhor? É uma regra fixa? Pode até ser, mas creio que essa regra só funciona direito se o protagonista achar uma forma brilhante de cair sobre os pés no fim. Sim, uma forma brilhante de se sustentar depois de uma queda! Agora... como? "Enfim" (bem ao estilo Thayrone), talvez descubramos juntos, se eu voltar a postar. "What do we know?" / E sim, eu meio-que-voltei deste jeito, como uma recaída daquelas que também lembram aquele tipo de enredo que mencionei. E uma last rant, porra, como é que pode uma postagem assim (o fato de eu fazê-la, no caso) ser a única novidade do dia? Ah, pelo menos tô quase careca de novo (a piadinha criativa ficou em https://www.facebook.com/tiknightt/posts/672850466069642 . Que legal o hipertexto né? Fenômeno da fuck!), e meu pequeno senso de estética agradece por isso. Espaço para o símbolo de falsidade rápida usada em despedidas: "beijo". /